RESISTÊNCIA PARASITÁRIA AO MONEPANTEL E AO FENBENDAZOL EM OVINOS DO EXTREMO OESTE DE SANTA CATARINA

  • Ronaldo Gabriel Trevisan Rayzer Universidade do Oeste de Santa Catarina- UNOESC
  • Luan Pablo Provin
  • Letícia Maria Biazussi
  • Clóvis Junior Chimin Chafes
  • Andressa Deliberalli
  • Andréia Buzatti

Resumo

O maior problema que acomete a ovinocultura é a verminose, podendo inviabilizar a criação (JESUS et al., 2017). O uso intensivo de anti-helmínticos muitas vezes, em subdoses, aliado a problemas de manejo, tem selecionado estirpes resistentes a vários produtos (RAMOS et al., 2002). Portanto, teve-se como objetivo avaliar a eficácia de determinados vermífugos e quais são os parasitas mais resistentes em uma propriedade destinada à ovinocultura. O trabalho foi realizado no município de Descanso – SC com 20 ovinos, subdivididos em 4 grupos. Em cada grupo foi utilizado um princípio ativo, variando entre Fenbendazol (10 mg/kg), Cloridrato de Levamisol (10 mg/kg), Closantel (10 mg/kg) e Monepantel (2,5 mg/kg), todos os tratamentos foram administrados via oral, logo após ser feita a coleta de fezes no dia 0, seguido do dia 14, momento no qual foram submetidos a nova coleta para o resultado de eficácia. A eficácia anti-helmíntica do grupo Closantel, Cloridrato de Levamisol, Fenbendazol, e Monepantel foi, respectivamente, 93,67% ; 90,19% ; 0% e 31,54%. Com base nos resultados observou-se resistência parasitária ao Fenbendazol e Monepantel, sendo essa, a ultima molécula com ação anti-helmintíca lançada no mercado farmacológico. Com base nos resultados encontrados, conclui-se que é extremamente necessário um manejo adequado quanto a aplicação dos anti-helmínticos, tendo em vista que a eficácia do produto depende principalmente da maneira que o mesmo é utilizado.

Publicado
2022-07-12
Seção
Saúde e Ciências Agroveterinárias - Resumo Expandido